quinta-feira, dezembro 03, 2009

21 Projetos Ambientais Estratégicos de São Paulo

Participação, democratização e descentralização: esta é a receita do Projeto Estratégico Município Verde Azul. Neste, o Governo do Estado de São Paulo e os municípios trabalham juntos na efetivação da agenda ambiental paulista.
Com a gestão ambiental compartilhada, o Governo passou a ter os municípios como fortes parceiros, tomando decisões conjuntas, estimulando ações municipais em prol do meio ambiente e da sociedade.
Esta política ambiental descentralizada também visa promover a participação da sociedade na gestão ambiental e, dessa forma, conscientizar a população, transformando-a em atores sociais comprometidos com as questões ambientais de suas cidades.
A adesão dos municípios ao Projeto se dá a partir da assinatura de um “Protocolo de Intenções” que propõe 10 Diretivas Ambientais que abordam questões ambientais prioritárias a serem desenvolvidas. Assim é estabelecida a parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados, rumo às ações necessárias para que o município seja certificado como “Município Verde Azul”.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Reuso de Água

A reutilização ou o reuso de água ou o uso de águas residuárias não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos.
Existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e sua utilização na irrigação. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do reuso planejado da água um tema atual e de grande importância.
Neste sentido, deve-se considerar o reuso de água como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água.

Continue lendo este texto clicando aqui.

O CIRRA é Centro Internacional de Referência em Reúso de Água da USP. Foi criado com o objetivo de promover e disponibilizar recursos técnicos e humanos para estimular essas práticas conservacionistas.

O CIRRA pode ser estuda clicando aqui.


Para buscar textos sobre Engenharia Ambiental visite a Biblioteca Virtual de Desenvolvimento Sustentável e Saúde Ambiental.

Leia aqui a RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 que Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Em 27/05/09 - 07h00 - Atualizado em 27/05/09 - 09h15, O Globo publicou a seguinte reportagem:

Água tratada contém restos de café e de remédios, alertam cientistas
Pesquisadores detectaram substâncias perigosas na água potável. Falta de legislação dificulta a resolução do problema. (Marília Juste Do G1, em São Paulo).

Leia esta reportagem inteira aqui neste link!!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Tratamento de Esgoto

O tratamento consiste na remoção de poluentes do esgoto. O método a ser utilizado depende das características físicas, químicas e biológicas do esgoto.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o método utilizado nas grandes estações de tratamento é por lodos ativados, onde há uma fase líquida e outra sólida que compreende o lodo.

O método por lodos ativados foi desenvolvido na Inglaterra em 1914. Ele é amplamente utilizado para tratamento de esgotos domésticos e industriais. O trabalho consiste num sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio (aeróbio).

O processo é estritamente biológico e aeróbio, no qual o esgoto bruto e o lodo ativado são misturados intimamente, agitados e aerados em unidades conhecidas como tanques de aeração. Após este procedimento, o lodo é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de esgoto na fase líquida.

Clique aqui para baixar a versão para impressão da fase líquida.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de esgoto na fase sólida.

Clique aqui para baixar a versão para impressão da fase sólida.

Tratamento da Água

O tratamento convencional consiste nas seguintes etapas:

Pré-cloração: Inicialmente é feita adição de cloro, assim que a água chega à estação. O objetivo é facilitar a retirada de matéria orgânica e metais do líquido;

Pré-alcalinização: Depois do cloro, a água recebe adição de cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento.

*Fator pH - O pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 diz-se neutro, um pH abaixo de 7 é "ácido" e um pH acima de 7 é "básico" ou "alcalino". Tal como a escala de Richter, usada para medir terremotos, a escala do pH é logarítmica. Um pH de 5,5 é 10 vezes mais ácido do que água com um pH de 6,5. Para o consumo humano recomenda-se um pH na faixa de 6,0 a 9,5, na rede de distribuição.

Coagulação: Nesta fase tem-se a adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando assim a sua agregação.

Floculação: Após a coagulação há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.

Decantação: Este processo faz com que a água passe por grandes tanques para a decantação dos flocos de sujeira formados na floculação.

Filtração: Logo depois, a água atravessa tanques dotados com leitos de pedras, areia e carvão antracito, responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.

Pós-alcalinização: Nesta etapa é feita a correção final do pH da água, para evitar problemas de corrosão ou incrustação das tubulações.

Desinfecção: Finalmente é feita uma última adição de cloro na água antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela serva para manter um teor residual até a chegada na casa do consumidor. Além do que isso garante que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus.

Fluoretação: Também é feita a adição de flúor na água para a prevenção de cáries.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de água.

Clique aqui para baixar a versão para impressão.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Clima: Vulnerabilidade no Rio de Janeiro

Com o objetivo de se estruturar uma Política Estadual de Mudanças Climáticas, foi criada na Secretaria de Ambiente a Superintendência de Clima e Mercado de Carbono, para elaborar estudos e um diagnóstico das emissões de gases que provocam o aumento do efeito estufa no Rio de Janeiro. Os dados vêm sendo usados na execução de plano estratégico de redução dos gases-estufa no estado. Há três projetos de análise ambiental descritos no site oficial (Veja aqui na íntegra) são eles:
  1. Projeto Evolução das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Estado do Rio de Janeiro e Alternativas para sua Redução
  2. Projeto Mapa da Vulnerabilidade Social às Possíveis Mudanças Climáticas do Estado do Rio de Janeiro
  3. Projeto Mudanças Climáticas e Possíveis Alterações nos Biomas da Mata Atlântica.
Leiam as quatro apresentações disponibilizadas abaixo em pdf:

  1.   Estudo das Mudanças Climáticas e Possíveis Alterações nos Biomas da Mata Atlântica.
  2. Estudo de adaptação e Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro às Mudanças Climáticas.
  3. Estudo da Vulnerabilidade das Regiões Costeiras e Baixadas do Estado do Rio de Janeiro.
  4. Outra de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro

Medição de Dioxido de Carbono na Terra

Da redação do Site Inovação Tecnológica em 12/11/2009

Terra absorve mais gás carbônico do que cientistas pensavam
Os novos dados indicam que os ecossistemas e os oceanos da terra têm uma capacidade muito maior de absorver gás carbônico do que demonstravam os estudos científicos feitos até então. Os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações que os tornam inadequados para monitorar as emissões de CO2 e permitir o acompanhamento de um eventual tratado internacional do clima.

Estes estudos deixam o IPCC em apuros. Ao contrário da maioria dos estudos climáticos sobre o tema, sobretudo os que balizam as decisões do IPCC, este não se baseou em modelos de clima computadorizados, mas em dados de medições históricos reais, coletados diretamente, e em estatísticas. Veja aqui a reportagem na íntegra no site Inovação tecnológica.
Além disso, os métodos de monitoramento do CO2 são inadequados para um tratado internacional do clima. Este alerta esta descrito aqui na íntegra - Leia. A imagem é do satélite OCO que seria um laboratório para comprovar um método de medição das emissões de CO2 que poderia vir a ser usado no futuro por uma constelação de satélites construídos para essa finalidade.[Imagem: NASA].

quarta-feira, novembro 11, 2009

Águas Subterrâneas


Apesar de 65% da superfície da Terra ser coberta por água, 97% é salgada (mares e oceanos) e apenas 3% é doce. De toda a água doce disponível para consumo, 96% é proveniente de águas subterarâneas, sendo elas responsáveis pela garantia da sobrevivência de parte significativa da população mundial. No Brasil, cerca de 55% dos distritos são abastecidos por águas subterrâneas, segundo dados de 2000 do IBGE. Além de atender diretamente a população, esses recursos são utilizados na indústria, na agricultura, para irrigação, como fonte de águas minerais, de lazer etc. Leia esta reportagem feita por Uriel Duartena na Carta na Escola clicando aqui.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Hot Spots x Serviços de Ecossistemas


Peter Kareiva e Michelle Marvier, em reportagem para a Scientific American Brasil, afirmam que colocar a Natureza e a biodiversidade contra as pessoas não faz sentido. Ambientalistas defendem que a saúde e o bem-estar humanos devem integrar os esforços de preservação.

A conhecida estratégia de conservação de salvar hot spots não protege muitos ecossistemas valiosos para o desenvolvimento e a saúde humanos. Uma abordagem de serviços do ecossistema faria o mesmo e criaria uma medida diferente para o estabelecimento de prioridades.

NA ESTRATÉGIA DE HOT SPOTS

A IDÉIA BÁSICA:
Identificar as áreas ameaçadas com alta diversidade de flora e, supostamente, a fauna e protegê-las. Até o momento, 25 regiões hot spots foram estabelecidas, incluindo o Parque Nacional da Bocaina no Brasil.

A ABORDAGEM TÍPICA:
A criação de um parque nacional para proteger a vida animal e vegetal. Desencorajar pessoas a viverem nestas terras ou usá-las. Patrulhar e proteger seus limites.

REVESES:
Áreas ricas em espécies vegetais não são necessariamente ricas em diversidade animal. A população local freqüentemente é deslocada ou perde recursos importantes. Hot spots não conquistaram a imaginação ou o apoio do público.

NA ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS DO ECOSSISTEMA

A IDÉIA BÁSICA:
Tornar clara a dependência das pessoas dos vários ecossistemas – como no caso das receitas de turismo em Punta Tombo, Argentina – e identificar os ecossistemas que estão gravemente ameaçados e cujo dano prejudicará a população local.

A ABORDAGEM TÍPICA:
Estabelecer um plano de conservação para ecossistemas degradados que beneficie a comunidade dependente deles.

POR QUE É UMA IDÉIA MELHOR:
À medida que as pessoas enxergam mais claramente sua dependência dos vários ecossistemas para sua saúde e segurança econômica, elas passam a apoiar os projetos de conservação. Como resultado, a biodiversidade será preservada, mas não à custa dos seres humanos.

Leia esta reportagem na íntegra aqui!! Inclui estudo de caso, ótimas fotos e explicações sobre as duas abordagens estratégicas.

Amazônia não é o “pulmão do mundo”


Iberê Thenório do Globo Amazônia, em São Paulo, em 02/11/09 - 07h05 - Atualizado em 02/11/09 - 07h05, na seção Globo Amazônia, diz que o velho bordão de que a Amazônia é o “pulmão do mundo” recebeu mais um golpe (veja reportagem anterior aqui). Uma pesquisa realizada pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) revela que a floresta pode estar absorvendo menos gás carbônico do que os cientistas estimavam.
Na foto ao lado mais de dez torres de medição de fluxo de gases estão espalhadas pela Amazônia. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia). Veja a reportagem na íntegra aqui.

domingo, novembro 08, 2009

Aula sobre Estação de Tratamento de Esgoto em São Paulo

Veja aqui o vídeo aula sobre Estação de Tratamento de Esgoto - Atenção: o Professor é o Edgar!

Dutos de ar condicionado, gripe e poluição...


Tendo em vista o grande número de consultas sobre o Green Building Council Brasil, inclusive, ele comunica que não possui qualquer tipo de certificação de materiais, equipamentos, e serviços sustentáveis, uma seção com vários vídeos foi acrescentado ao sítio. Um deles, sobre poluição do ar e saúde pública, está apresentado aqui. Assista.

Gestão em Saúde: o uso de produtos hospitalares tóxicos.

Alguns profissionais da saúde consideram o mercúrio como um método eficaz para medir a temperatura e a pressão arterial. Como descartá-los no pós uso? A contaminação por mercúrio representa um grave problema de saúde pública e ambiental, que causa uma variedade de efeitos nocivos em todo o mundo. Como eliminar seu uso dos hospitais? Não podem ser incinerados! Não podem ser descartados em aterros!
O PVC (Policloreto de vinila), o plástico mais utilizado nos produtos de uso médico, pode ser perigoso aos pacientes, ao meio ambiente e à saúde pública.
Vários produtos hospitalares são fabricados com PVC, por exemplo, bolsas de sangue e cateteres. O PVC é perigoso tanto  no contato com a pele quanto no seu uso como recipiente. Vejam os problemas associados ao PVC.
Assista o vídeo aqui neste link e entenda o programa hospital sem dano...

O Banco de Dados BioSense: modelo para informação estratégica em saúde

No final de 2007, o CDC acelerou esforços para encontrar ameaças da saúde pública com o Biosense. Seu objetivo é o suporte de uma rede nacional da biovigilância em saúde através das organizações dos cuidados médicos, das estratégias de saúde pública e da elaboração de um sistema de informação em saúde construído com dados de diversas fontes. Assista o vídeo e entenda.

Vigilância Sindrômica: indo além da notificação compulsória...


Em 2005 surge a sociedade internacional para a vigilância em doenças. Sua missão: melhorar a saúde da população avançando o campo da fiscalização da doença. Na sustentação desta missão, a sociedade fornece um fórum educacional e científico onde epidemiólogos, especialistas em Ciências da Computação, médicos da saúde pública, fornecedores de serviços de saúde, estatísticos, e outros possam trabalhar junto para na monitoração de saúde da população através dos limites institucionais e profissionais.

quarta-feira, setembro 30, 2009

População Sufocada x Peso da Poluição

Agência FAPESP – Uma nova pesquisa reforça trabalhos anteriores ao apontar a poluição ambiental como uma das causas do baixo peso em crianças recém-nascidas. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Taubaté (Unitau), em São Paulo, destacou o papel de poluentes – entre os quais ozônio e dióxido de enxofre – como fatores de risco para o baixo peso de bebês.
Cor de chumbo: poluentes dos carros saturam o ar paulistano - Jose Luis ConceiçãoOs poluentes emitidos pelo motor de automóveis, ônibus e caminhões geralmente se espalham por um raio de até 150 metros a partir do ponto em que são lançados ao ar e transformam as grandes avenidas, a exemplo da Paulista ou da 23 de Maio, em São Paulo, por onde fluem dezenas de milhares de veículos por dia, em imensas chaminés que despejam sobre a cidade toneladas de partículas e gases tóxico.
Um dos trabalhos destacados pelo pesquisador foi coordenado por Nelson da Cruz Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP), que indicou que a poluição do ar aumenta em 50% o risco de morte de recém-nascidos na cidade de São Paulo.

terça-feira, setembro 29, 2009

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL


A 1ª Conferência em Saúde Ambiental é uma iniciativa dos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente atendendo às deliberações das Conferencias Nacional de Saúde (13ª), Cidades (3ª) e de Meio Ambiente (3ª). Instituída por meio de Decreto Presidencial, tem como lema: “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!“ e como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Fatores Emergentes em Gestão Ambiental

Limites da Terra

24/9/2009

Agência FAPESP – Identificar e quantificar os limites da Terra que não podem ser transgredidos ajudaria a evitar que as atividades humanas continuem causando mudanças ambientais inaceitáveis. A afirmação, de um grupo internacional de cientistas, está em artigo destacado na edição desta quinta-feira (24/9) da revista Nature.
Segundo eles, a humanidade deve permanecer dentro dessas fronteiras para os processos essenciais do sistema terrestre se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas. Esses limites representariam os espaços seguros para a ação e para a vida humana.
O conceito de limites (ou fronteiras) planetários representa um novo modelo para medir as agressões ao planeta e define espaços seguros para a existência humana. Seguros tanto para o sistema terrestre como para o próprio homem, por consequência.
Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e colegas sugerem nove processos sistêmicos principais para esses limites: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.
Para três desses limites da ação humana – ciclo do nitrogênio, perda da biodiversidade e mudanças climáticas –, os autores do artigo argumentam que a fronteira aceitável já foi atravessada. Afirmam também que a humanidade está rapidamente se aproximando dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas naturais para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.
O estudo dá números para esses limites. Para o ciclo do nitrogênio, por exemplo, antes da Revolução Industrial a quantidade de nitrogênio removido da atmosfera para uso humano era zero. O limite estabelecido pelo estudo é de 35 milhões de toneladas por ano. Parece muito, mas os valores atuais são de 121 milhões, mais de três vezes além do limite aceitável.
A taxa de perda de biodiversidade, calculada em número de espécies extintas por milhão de espécies por ano era de 0,1 a 1 até o início da era industrial. O limite proposto pelo estudo é de 35, mas o valor atual passou de 100.
O consumo de água potável por humanos era de 415 quilômetros cúbicos por ano antes da Revolução Industrial. Hoje, chegou a 2.600, perigosamente próximo ao limite sugerido de 4.000 quilômetros cúbicos por ano.
Os pesquisadores destacam a necessidade de se estabelecer os limites também para a emissão de aerossóis atmosféricos e de poluição química, apesar de não haver, atualmente, dados suficientes para tal definição.
Transgredir uma única dessas fronteiras planetárias por um tempo demasiadamente longo é o suficiente, argumentam, para promover alterações ambientais “abruptas e inaceitáveis que serão muito danosas ou até mesmo catastróficas à sociedade”. Além disso, quando um limite é derrubado, os níveis de segurança dos outros processos acabam sendo seriamente afetados.
“Embora a Terra tenha passado por muitos períodos de alterações ambientais importantes, o ambiente planetário tem se mantido estável pelos últimos 10 mil anos. Esse período de estabilidade – que os geólogos chamam de Holoceno – viu civilizações surgirem, se desenvolverem e florescerem. Mas tal estabilidade pode estar em risco”, descrevem os autores.
“Desde a Revolução Industrial, um novo período surgiu, o Antropoceno, no qual as ações humanas se tornaram o principal condutor das mudanças ambientais globais”, destacam. Segundo os pesquisadores, se não fosse a pressão promovida pelo homem, o Holoceno continuaria ainda por muitos milhares de anos.
O artigo A safe operating space for humanity, de Johan Rockström e outros, pode ser lido na Nature www.nature.com.

Na figura acima estão representadas as estimativas de como as variáveis de controle, diferentes para sete limites planetários, mudaram desde 1950.
O polígono verde sombreado representa o espaço de operação segura.
O vermelho representa as atividades humanas que já excederam o sistema da Terra. Os três limites biofísicos do planeta (perda da biodiversidade, ciclo do nitrogênio e mudanças climáticas) esgotados causam e causarão conseqüências que são prejudiciais ou mesmo catastróficas para grande parte do mundo.
Os seis outros limites podem muito bem ser atravessado nas próximas décadas.
São 29 cientistas europeus, australianos e E.U. em um artigo na edição de 24 de setembro da revista científica Nature. (Crédito: Cortesia da imagem de Cortesia de Estocolmo Resiliência Centre.
Abaixo está a tabela com as alterações dos valores.

Conceitos


A Ciência do Sistema da Terra é a disciplina que caracteriza a Terra como entidade dinâmica única dentro da qual as partes materiais e vivas estão estreitamente unidas, onde a Terra auto-regula seu clima e química.(Declaração de Amsterdam de 2001.
A Teoria de Gaia baseia-se em observações e modelos teóricos (dez previsões bem-sucedidas) onde se concluiu que a Terra é um sistema auto-regulador construído da totalidade dos organismos, rochas de superfície, oceano e atmosfera estreitamente unidos como um sistema em evolução. Esse sistema é dotado de um objetivo: a manutenção do equilíbrio das condições de superfície para que sejam mais favoráveis à vida.
Entende-se por Saúde (OMS) o estado de completo bem-estar físico, mental e social, onde estão incluídos a oportunidade de satisfazer necessidades, a possibilidade de modificar o ambiente e a habilidade de realizar esperança.
Entende-se por Ambiente os componentes da Ciência do Sistema da Terra e Gaia, bem como os ambientes construídos pelo ser humano, como o social e a sua infra-estrutura.

quarta-feira, abril 15, 2009

Dúvidas em Física?

Conheça os novos recursos didáticos criados pelo Insitute of Physics e adaptados para serem usados nas salas de aula brasileiras. Isso e muito mais no site PION da nossa Sociedade Brasileira de Física.

Redução do Aquecimento Global!

"No começo do novo milênio encontramos nosso planeta em uma encruzilhada. De um lado, uma sociedade consumista. Do outro lado, os esforços para reduzir os impactos negativos que ela produz. ..."
Thassanee Wanick

Uma proposta é o GBC. Leia também o onedegreeless

Laboratório de Análise dos Processos Atmosféricos

O Lapat é um grupo que estuda os processos associados à poluição atmosférica, com destaque para estudos da região metropolitana de São Paulo. Ali se estudam os seguintes itens:
# Caracterização física e química de aerossóis atmosféricos
# Modelagem de remoção de matéria particulada e gases: deposição úmida e seca
# Caracterização química de deposição úmida
# Dispersão e formação de poluentes atmosféricos
Pode ser visitado aqui.