Peter Kareiva e Michelle Marvier, em reportagem para a Scientific American Brasil, afirmam que colocar a Natureza e a biodiversidade contra as pessoas não faz sentido. Ambientalistas defendem que a saúde e o bem-estar humanos devem integrar os esforços de preservação.
A conhecida estratégia de conservação de salvar hot spots não protege muitos ecossistemas valiosos para o desenvolvimento e a saúde humanos. Uma abordagem de serviços do ecossistema faria o mesmo e criaria uma medida diferente para o estabelecimento de prioridades.
NA ESTRATÉGIA DE HOT SPOTS
A IDÉIA BÁSICA:
Identificar as áreas ameaçadas com alta diversidade de flora e, supostamente, a fauna e protegê-las. Até o momento, 25 regiões hot spots foram estabelecidas, incluindo o Parque Nacional da Bocaina no Brasil.
A ABORDAGEM TÍPICA:
A criação de um parque nacional para proteger a vida animal e vegetal. Desencorajar pessoas a viverem nestas terras ou usá-las. Patrulhar e proteger seus limites.
REVESES:
Áreas ricas em espécies vegetais não são necessariamente ricas em diversidade animal. A população local freqüentemente é deslocada ou perde recursos importantes. Hot spots não conquistaram a imaginação ou o apoio do público.
NA ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS DO ECOSSISTEMA
A IDÉIA BÁSICA:
Tornar clara a dependência das pessoas dos vários ecossistemas – como no caso das receitas de turismo em Punta Tombo, Argentina – e identificar os ecossistemas que estão gravemente ameaçados e cujo dano prejudicará a população local.
A ABORDAGEM TÍPICA:
Estabelecer um plano de conservação para ecossistemas degradados que beneficie a comunidade dependente deles.
POR QUE É UMA IDÉIA MELHOR:
À medida que as pessoas enxergam mais claramente sua dependência dos vários ecossistemas para sua saúde e segurança econômica, elas passam a apoiar os projetos de conservação. Como resultado, a biodiversidade será preservada, mas não à custa dos seres humanos.
Leia esta reportagem na íntegra aqui!! Inclui estudo de caso, ótimas fotos e explicações sobre as duas abordagens estratégicas.