quarta-feira, novembro 25, 2009

Tratamento de Esgoto

O tratamento consiste na remoção de poluentes do esgoto. O método a ser utilizado depende das características físicas, químicas e biológicas do esgoto.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o método utilizado nas grandes estações de tratamento é por lodos ativados, onde há uma fase líquida e outra sólida que compreende o lodo.

O método por lodos ativados foi desenvolvido na Inglaterra em 1914. Ele é amplamente utilizado para tratamento de esgotos domésticos e industriais. O trabalho consiste num sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio (aeróbio).

O processo é estritamente biológico e aeróbio, no qual o esgoto bruto e o lodo ativado são misturados intimamente, agitados e aerados em unidades conhecidas como tanques de aeração. Após este procedimento, o lodo é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de esgoto na fase líquida.

Clique aqui para baixar a versão para impressão da fase líquida.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de esgoto na fase sólida.

Clique aqui para baixar a versão para impressão da fase sólida.

Tratamento da Água

O tratamento convencional consiste nas seguintes etapas:

Pré-cloração: Inicialmente é feita adição de cloro, assim que a água chega à estação. O objetivo é facilitar a retirada de matéria orgânica e metais do líquido;

Pré-alcalinização: Depois do cloro, a água recebe adição de cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento.

*Fator pH - O pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 diz-se neutro, um pH abaixo de 7 é "ácido" e um pH acima de 7 é "básico" ou "alcalino". Tal como a escala de Richter, usada para medir terremotos, a escala do pH é logarítmica. Um pH de 5,5 é 10 vezes mais ácido do que água com um pH de 6,5. Para o consumo humano recomenda-se um pH na faixa de 6,0 a 9,5, na rede de distribuição.

Coagulação: Nesta fase tem-se a adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando assim a sua agregação.

Floculação: Após a coagulação há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.

Decantação: Este processo faz com que a água passe por grandes tanques para a decantação dos flocos de sujeira formados na floculação.

Filtração: Logo depois, a água atravessa tanques dotados com leitos de pedras, areia e carvão antracito, responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.

Pós-alcalinização: Nesta etapa é feita a correção final do pH da água, para evitar problemas de corrosão ou incrustação das tubulações.

Desinfecção: Finalmente é feita uma última adição de cloro na água antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela serva para manter um teor residual até a chegada na casa do consumidor. Além do que isso garante que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus.

Fluoretação: Também é feita a adição de flúor na água para a prevenção de cáries.

Clique aqui para ver a animação de uma estação de tratamento de água.

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sexta-feira, novembro 13, 2009

Clima: Vulnerabilidade no Rio de Janeiro

Com o objetivo de se estruturar uma Política Estadual de Mudanças Climáticas, foi criada na Secretaria de Ambiente a Superintendência de Clima e Mercado de Carbono, para elaborar estudos e um diagnóstico das emissões de gases que provocam o aumento do efeito estufa no Rio de Janeiro. Os dados vêm sendo usados na execução de plano estratégico de redução dos gases-estufa no estado. Há três projetos de análise ambiental descritos no site oficial (Veja aqui na íntegra) são eles:
  1. Projeto Evolução das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Estado do Rio de Janeiro e Alternativas para sua Redução
  2. Projeto Mapa da Vulnerabilidade Social às Possíveis Mudanças Climáticas do Estado do Rio de Janeiro
  3. Projeto Mudanças Climáticas e Possíveis Alterações nos Biomas da Mata Atlântica.
Leiam as quatro apresentações disponibilizadas abaixo em pdf:

  1.   Estudo das Mudanças Climáticas e Possíveis Alterações nos Biomas da Mata Atlântica.
  2. Estudo de adaptação e Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro às Mudanças Climáticas.
  3. Estudo da Vulnerabilidade das Regiões Costeiras e Baixadas do Estado do Rio de Janeiro.
  4. Outra de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro

Medição de Dioxido de Carbono na Terra

Da redação do Site Inovação Tecnológica em 12/11/2009

Terra absorve mais gás carbônico do que cientistas pensavam
Os novos dados indicam que os ecossistemas e os oceanos da terra têm uma capacidade muito maior de absorver gás carbônico do que demonstravam os estudos científicos feitos até então. Os métodos atuais para estimar as emissões de gases de efeito estufa têm limitações que os tornam inadequados para monitorar as emissões de CO2 e permitir o acompanhamento de um eventual tratado internacional do clima.

Estes estudos deixam o IPCC em apuros. Ao contrário da maioria dos estudos climáticos sobre o tema, sobretudo os que balizam as decisões do IPCC, este não se baseou em modelos de clima computadorizados, mas em dados de medições históricos reais, coletados diretamente, e em estatísticas. Veja aqui a reportagem na íntegra no site Inovação tecnológica.
Além disso, os métodos de monitoramento do CO2 são inadequados para um tratado internacional do clima. Este alerta esta descrito aqui na íntegra - Leia. A imagem é do satélite OCO que seria um laboratório para comprovar um método de medição das emissões de CO2 que poderia vir a ser usado no futuro por uma constelação de satélites construídos para essa finalidade.[Imagem: NASA].

quarta-feira, novembro 11, 2009

Águas Subterrâneas


Apesar de 65% da superfície da Terra ser coberta por água, 97% é salgada (mares e oceanos) e apenas 3% é doce. De toda a água doce disponível para consumo, 96% é proveniente de águas subterarâneas, sendo elas responsáveis pela garantia da sobrevivência de parte significativa da população mundial. No Brasil, cerca de 55% dos distritos são abastecidos por águas subterrâneas, segundo dados de 2000 do IBGE. Além de atender diretamente a população, esses recursos são utilizados na indústria, na agricultura, para irrigação, como fonte de águas minerais, de lazer etc. Leia esta reportagem feita por Uriel Duartena na Carta na Escola clicando aqui.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Hot Spots x Serviços de Ecossistemas


Peter Kareiva e Michelle Marvier, em reportagem para a Scientific American Brasil, afirmam que colocar a Natureza e a biodiversidade contra as pessoas não faz sentido. Ambientalistas defendem que a saúde e o bem-estar humanos devem integrar os esforços de preservação.

A conhecida estratégia de conservação de salvar hot spots não protege muitos ecossistemas valiosos para o desenvolvimento e a saúde humanos. Uma abordagem de serviços do ecossistema faria o mesmo e criaria uma medida diferente para o estabelecimento de prioridades.

NA ESTRATÉGIA DE HOT SPOTS

A IDÉIA BÁSICA:
Identificar as áreas ameaçadas com alta diversidade de flora e, supostamente, a fauna e protegê-las. Até o momento, 25 regiões hot spots foram estabelecidas, incluindo o Parque Nacional da Bocaina no Brasil.

A ABORDAGEM TÍPICA:
A criação de um parque nacional para proteger a vida animal e vegetal. Desencorajar pessoas a viverem nestas terras ou usá-las. Patrulhar e proteger seus limites.

REVESES:
Áreas ricas em espécies vegetais não são necessariamente ricas em diversidade animal. A população local freqüentemente é deslocada ou perde recursos importantes. Hot spots não conquistaram a imaginação ou o apoio do público.

NA ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS DO ECOSSISTEMA

A IDÉIA BÁSICA:
Tornar clara a dependência das pessoas dos vários ecossistemas – como no caso das receitas de turismo em Punta Tombo, Argentina – e identificar os ecossistemas que estão gravemente ameaçados e cujo dano prejudicará a população local.

A ABORDAGEM TÍPICA:
Estabelecer um plano de conservação para ecossistemas degradados que beneficie a comunidade dependente deles.

POR QUE É UMA IDÉIA MELHOR:
À medida que as pessoas enxergam mais claramente sua dependência dos vários ecossistemas para sua saúde e segurança econômica, elas passam a apoiar os projetos de conservação. Como resultado, a biodiversidade será preservada, mas não à custa dos seres humanos.

Leia esta reportagem na íntegra aqui!! Inclui estudo de caso, ótimas fotos e explicações sobre as duas abordagens estratégicas.

Amazônia não é o “pulmão do mundo”


Iberê Thenório do Globo Amazônia, em São Paulo, em 02/11/09 - 07h05 - Atualizado em 02/11/09 - 07h05, na seção Globo Amazônia, diz que o velho bordão de que a Amazônia é o “pulmão do mundo” recebeu mais um golpe (veja reportagem anterior aqui). Uma pesquisa realizada pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) revela que a floresta pode estar absorvendo menos gás carbônico do que os cientistas estimavam.
Na foto ao lado mais de dez torres de medição de fluxo de gases estão espalhadas pela Amazônia. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia). Veja a reportagem na íntegra aqui.

domingo, novembro 08, 2009

Aula sobre Estação de Tratamento de Esgoto em São Paulo

Veja aqui o vídeo aula sobre Estação de Tratamento de Esgoto - Atenção: o Professor é o Edgar!

Dutos de ar condicionado, gripe e poluição...


Tendo em vista o grande número de consultas sobre o Green Building Council Brasil, inclusive, ele comunica que não possui qualquer tipo de certificação de materiais, equipamentos, e serviços sustentáveis, uma seção com vários vídeos foi acrescentado ao sítio. Um deles, sobre poluição do ar e saúde pública, está apresentado aqui. Assista.

Gestão em Saúde: o uso de produtos hospitalares tóxicos.

Alguns profissionais da saúde consideram o mercúrio como um método eficaz para medir a temperatura e a pressão arterial. Como descartá-los no pós uso? A contaminação por mercúrio representa um grave problema de saúde pública e ambiental, que causa uma variedade de efeitos nocivos em todo o mundo. Como eliminar seu uso dos hospitais? Não podem ser incinerados! Não podem ser descartados em aterros!
O PVC (Policloreto de vinila), o plástico mais utilizado nos produtos de uso médico, pode ser perigoso aos pacientes, ao meio ambiente e à saúde pública.
Vários produtos hospitalares são fabricados com PVC, por exemplo, bolsas de sangue e cateteres. O PVC é perigoso tanto  no contato com a pele quanto no seu uso como recipiente. Vejam os problemas associados ao PVC.
Assista o vídeo aqui neste link e entenda o programa hospital sem dano...

O Banco de Dados BioSense: modelo para informação estratégica em saúde

No final de 2007, o CDC acelerou esforços para encontrar ameaças da saúde pública com o Biosense. Seu objetivo é o suporte de uma rede nacional da biovigilância em saúde através das organizações dos cuidados médicos, das estratégias de saúde pública e da elaboração de um sistema de informação em saúde construído com dados de diversas fontes. Assista o vídeo e entenda.

Vigilância Sindrômica: indo além da notificação compulsória...


Em 2005 surge a sociedade internacional para a vigilância em doenças. Sua missão: melhorar a saúde da população avançando o campo da fiscalização da doença. Na sustentação desta missão, a sociedade fornece um fórum educacional e científico onde epidemiólogos, especialistas em Ciências da Computação, médicos da saúde pública, fornecedores de serviços de saúde, estatísticos, e outros possam trabalhar junto para na monitoração de saúde da população através dos limites institucionais e profissionais.